A falta de atividades físicas é um hábito cada vez mais comum na sociedade moderna. As profissões concentradas em computadores e escritórios e as novas tecnologias, que tornam a nossa vida mais prática, diminuem constantemente a necessidade de movimentação para realizar tarefas do dia a dia.
A consequência é o aumento do sedentarismo, com graves implicações para a saúde humana, como dores articulares e musculares, problemas cardíacos, obesidade, colesterol elevado e até distúrbios psicológicos.
Descubra como uma vida sedentária pode estar minando a sua saúde e o que você pode fazer para sair dela.
O que é uma pessoa sedentária?
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, não é preciso praticar esportes para deixar o sedentarismo. É claro que exercícios regulares melhoram a qualidade de vida e os indicadores de saúde, mas é possível manter o metabolismo em bom funcionamento levando uma vida ativa, repleta de caminhadas, pedaladas, subindo escadas, correndo com os cachorros, etc.
O estilo de vida sedentário é aquele que, além de não incorporar exercícios, tampouco inclui atividades básicas do dia a dia que aumentam o gasto calórico do corpo. Em termos objetivos, é considerado sedentário quem queima menos de aproximadamente 2.200 calorias por dia.
Quais os riscos desse estilo de vida?
Recentemente a Universidade de Cambridge, na Inglaterra, realizou uma pesquisa que acompanhou por doze anos um grupo de pessoas. Após cruzarem informações de mortalidade, rotina, exames de saúde e outros fatores, constataram que os inativos apresentam mais risco de complicações de saúde e morte do que quem está acima do peso.
De forma direta, o sedentarismo gera fraqueza e deficiências funcionais, pois não há estímulo dos músculos e de outros órgãos. Com isso, a pessoa perde condicionamento e resistência para atividades rotineiras, como carregar malas, levantar pesos e mesmo acompanhar o ritmo de filhos jovens.
Outra consequência comum é o ganho de peso, que provoca uma série de outras complicações, como dores nas articulações devido à pressão exercida pelo excesso de peso, principalmente nos joelhos e na coluna.
O acúmulo de gordura também é um problema, principalmente daquela gordura que os olhos não veem: a que está dentro das veias e das artérias. Isso, junto à tendência de níveis elevados de colesterol, aumenta a incidência de doenças cardiovasculares (infarto ou AVC).
Além dos riscos já citados, uma vida inativa ainda pode acelerar o envelhecimento e os riscos de morte súbita, assim como deteriorar a qualidade de vida. É comum, por exemplo, o registro de distúrbios ligados ao sono, tais como ronco, insônia e apneia. A diabete tipo 2 também é mais comum em pessoas sedentárias.
Como mudar?
Geralmente todos esses problemas só aparecem na terceira ou quarta década de vida, o que dificulta a percepção dos sedentários de que precisam alterar seus hábitos. E a única maneira de combater o sedentarismo é com mudanças completas, que começam com reflexões e levam a novas atitudes.
Escolhas simples, como subir de escadas ao invés do elevador e andar pequenas e médias distâncias em vez de entrar no carro já impactam positivamente. Mas quem não sabe por onde começar, uma boa dica é procurar um médico ou um educador físico para fazer exames e criar um plano de ação.
Uma vida equilibrada faz bem não apenas para a saúde mas também para a qualidade de vida.
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